quarta-feira, 16 de maio de 2007

Mãos dadas

Às vezes andamos de mãos dadas,
mas então eu solto a sua
ou você solta a minha,
e atravessamos a rua
em busca de outras coisas;
eu sinto o vento no rosto,
sinto outros lábios no ouvido,
sinto o dia amanhecer
e vejo o outro lado vazio.

Então sinto sua falta,
e isso não sei se é amor,
mas é algo aqui dentro
que me faz voltar sempre
e querer segurar sua mão.

Às vezes andamos de mãos dadas,
mas então cada um vai para um lado
e andamos em calçadas opostas,
tentando achar novos rumos.
E eu vejo estranhos passarem,
eu faço novos amores,
encontro novas esquinas,
mas sempre lembro da nossa.
Aquela onde sua mão
segurou a minha tão forte,
naquele segundo último
antes de começarmos tudo outra vez.

Então sinto sua falta,
e isso não sei se é amor,
mas é algo aqui dentro
que me faz voltar sempre
e querer segurar sua mão.

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