quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Encruzilhada

A vida é esse sopro.
Qualquer parede faz cessar.
Como saber a hora de parar?
A vida que se tem que cuidar
como não querer tentar?
Nossos dedos não conseguem
vez ou outra sustentar.
Nossos olhos se esgotam
sem esboço de secar.
E o peito só quem vive
sabe a dor que é calar.

Últimas palavras

Você, amigo das horas silenciosas,
dos momentos de introspecção,
você que viu como ninguém
choro, lágrima, angústia, emoção,
você, companhia tão boa,
inocente caminhar nas horas da noite,
você, sempre tão doce,
doce seria para entender?
Durma bem como se fosse
sempre agora dia de sol,
com a janela aberta,
brisa tranqüila,
para sempre, sempre...
Durma bem onde quer que seja,
se ouvir algo, nem se mexa,
sou apenas eu, de longe,
e minha saudade, tão grande.